A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência reuniu-se na última terça (07), na Câmara dos Deputados Federais, sob a presidência do deputado federal Glaustin Da Fokus, para discutir o “combate e a prevenção ao bullying enfrentado por pessoas com transtorno do espectro autista e demais pessoas com deficiência”. O secretário Marcos da Costa, da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, participou por videoconferência destacando projetos importantes da pasta.

O secretário Marcos da Costa ressaltou o Plano Integrado de Políticas em favor da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (PEIPTEA), estabelecido pelo Governador Tarcísio de Freitas. O PEIPTEA envolve as Secretarias de Estado da Saúde, da Educação, do Desenvolvimento Social e dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com atribuições a cada uma delas, incluindo a emissão da CipTEA pela SEDPcD, que já alcançou 50 mil carteiras. O Secretário destacou também a política da Educação Especial, desenvolvida pela Secretaria de Educação e que tem como alicerce a cultura da inclusão, que envolve também a empatia, para dentro das salas de aula.

O Secretário mencionou, ainda, a parceria com as Universidades Públicas, paulistas e federais, instaladas em São Paulo, que têm auxiliado no desenvolvimento de políticas públicas, como a criação da cadeira da Inclusão Paulista, que irá permear por todos os cursos superiores, fazendo com que os atuais alunos tenham contato com a temática. O objetivo é que, ao se formarem e se tornarem profissionais, tenham uma visão mais ampla sobre o atendimento às pessoas com deficiência.

O Guia do Transtorno do Espectro Autista (TEA) desenvolvido por pesquisadores da Unesp de Bauru, a partir da parceria com as Universidades, para o ensino fundamental e médio e suas ações práticas para o combate ao bullying também foi apresentado. “Distribuímos em parceria com a Secretaria de Educação às escolas da rede estadual e disponibilizamos a versão digital em nosso site para difundir as boas práticas de acolhimento. Existem muitos mitos que circulam na internet e em nossa sociedade, e queremos quebrar os estigmas trazendo informações técnicas de uma maneira prática ao professor ou diretor de escola, que deve acolher este aluno”, reforçou.

No total, 25 deputados federais e suplentes estiveram presentes na audiência pública, além da contribuição de representantes da sociedade civil, como Larissa Lafaiete, fundadora do movimento Terapia de Mães Atípicas, e o jornalista Francisco Paiva Junior, da Revista Autismo.