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Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência ilumina prédio de laranja em alusão ao Abril Laranja

A campanha é voltada para conscientização e prevenção das causas frequentes de amputações

abril - 2024
fotografia colorida de prédio da secretaria iluminado na cor laranja, o prédio, localizado dentro do complexo do Memorial da América Latina, é redondo, com vidros em todo seu entorno, no topo há blocos de cimento branco que desenham toda sua volta.

Prédio da SEDPcD iluminado em alusão ao Abril Laranja

A partir desta segunda-feira (15), a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) adotou a cor laranja para iluminar seu prédio, em apoio à campanha Abril Laranja, focada na prevenção e conscientização sobre amputações.

Dados compilados pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) revelam que, de janeiro de 2012 a maio de 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou mais de 282 mil cirurgias de amputação de membros inferiores, sendo 59.144 dessas no estado de São Paulo. A análise histórica da SBACV indica um aumento significativo de 65% nas cirurgias de amputação entre 2012 e 2022, demonstrando uma tendência ascendente em todo o país.

Segundo especialistas da SBACV, mais da metade dessas amputações estão associadas ao diabetes. Além disso, outros fatores de risco incluem tabagismo, hipertensão arterial, dislipidemia, idade avançada, insuficiência renal crônica, condições de hipercoagulabilidade e histórico familiar.

“A iluminação laranja do nosso prédio é mais do que um gesto simbólico; é um chamado à ação. Com ela, buscamos destacar a importância da prevenção de amputações, uma questão que impacta profundamente muitos de nossos cidadãos, particularmente aqueles que vivem com doenças crônicas, como o diabetes. Este mês de conscientização é essencial para educar e informar o público sobre como medidas preventivas e cuidados adequados podem significativamente diminuir os casos de amputação, promovendo um estilo de vida saudável e prevenindo condições que levam a tais intervenções médicas. Queremos reiterar que muitas amputações podem ser evitadas e que a prevenção é chave para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos”, enfatiza o secretário de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa.

A SBACV destaca que muitas amputações são evitáveis com medidas de auto-observação adequadas. Pacientes informados que realizam autoexames regulares podem identificar sinais precoces que indicam a necessidade de intervenção médica imediata, reduzindo a incidência de complicações graves.

Adotar um estilo de vida saudável é essencial para minimizar o risco de complicações nos pés, especialmente em pessoas com diabetes. Uma dieta balanceada, exercício regular e controle rigoroso dos níveis de glicose ajudam a melhorar a saúde vascular. Além disso, é crucial adotar hábitos seguros para evitar acidentes, como o uso de calçados adequados e evitar caminhar descalço.

Aqui estão algumas práticas simples que podem ajudar na prevenção de complicações no pé diabético, segundo a Sociedade:

– Evite fazer compressas quentes ou frias nos pés, pois a neuropatia pode impedir a percepção de lesões.
– Prefira meias sem costuras, ou com as costuras voltadas para fora, para evitar atrito.
– Não remova cutículas dos pés para minimizar o risco de infecções.
– Evite sandálias com tiras entre os dedos.
– Mantenha as unhas dos pés cortadas retas e lixe os cantos suavemente.
– Hidrate os pés regularmente para prevenir rachaduras e outros ferimentos.
– Nunca ande descalço para evitar lesões não percebidas.
– Examine as plantas dos pés diariamente e trate imediatamente qualquer lesão. Se necessário, peça ajuda.
– Evite sapatos apertados ou de bico fino.
– Trate calosidades apenas com profissionais de saúde.
– Sempre verifique o interior dos sapatos antes de calçá-los.
– Seque bem os espaços entre os dedos após se molhar.
– Estas orientações simples podem ser decisivas para prevenir problemas sérios e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Rede de Reabilitação Lucy Montoro
Idealizada em 2008 pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e concretizada pela Secretaria da Saúde (SES-SP), a Rede de Reabilitação Lucy Montoro, do Estado, é financiada na integralidade com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, conta com 20 unidades, que atendem pacientes com deficiência física/motora e sensório motora; deficiência auditiva e deficiência visual.

O processo de primeira consulta/triagem nos serviços da Rede ocorre a partir do cadastro do formulário de encaminhamento no portal SIRESP (Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo) para a regulação e agendamento da vaga via CROSS (Central de Regulação de Oferta e Serviços de Saúde).

O paciente é encaminhado à unidade mais próxima de sua residência que atenda o seu diagnóstico, sendo inicialmente avaliado por um médico, psicólogo e assistente social. Se necessário, é conduzido para o programa de reabilitação de acordo com sua condição com uma equipe multiprofissional. Os programas de reabilitação, conforme projetos terapêuticos singulares (que observam as necessidades de cada paciente), duram de três a seis meses em média.

Saiba mais: https://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/rede-de-reabilitacao-lucy-montoro/